A inteligência artificial (IA) tem se tornado cada vez mais presente em diversos setores da sociedade, e a governança é um deles. A aplicação da IA na governança tem gerado uma mudança global na percepção sobre o papel dessa tecnologia no desenvolvimento de políticas públicas e na tomada de decisões estratégicas. Neste artigo, exploraremos como a IA está transformando a governança e, mais especificamente, como ela está impactando a área da saúde.
No primeiro ponto, discutiremos a mudança na percepção global da IA na governança. Veremos como a tecnologia tem sido vista como uma ferramenta poderosa para aprimorar a eficiência e a transparência dos processos governamentais, além de facilitar a tomada de decisões baseadas em dados.
No entanto, também abordaremos as preocupações em relação à privacidade e à ética no uso da IA, destacando a importância de um debate amplo e inclusivo sobre essas questões.
Em seguida, abordaremos a necessidade de mais debate sobre a IA, especialmente no contexto da prestação de cuidados de saúde. A aplicação da IA nessa área tem o potencial de revolucionar a forma como os serviços de saúde são oferecidos, desde o diagnóstico até o tratamento.
No entanto, é fundamental discutir questões como a confiabilidade dos algoritmos, a responsabilidade em caso de erros e a equidade no acesso aos serviços de saúde baseados em IA.
Por fim, exploraremos as questões sobre o papel do Estado versus o mercado livre na fornecimento de IA na área da saúde. Enquanto alguns argumentam que o Estado deve ter um papel ativo na regulamentação e no controle do uso da IA na saúde, outros defendem a ideia de que o mercado livre é mais eficiente e capaz de impulsionar a inovação.
Analisaremos os prós e contras de cada abordagem, levando em consideração os impactos sociais, econômicos e éticos envolvidos.
Convidamos você a continuar a leitura deste artigo para aprofundar seu conhecimento sobre a IA na governança e entender como essa tecnologia está moldando o futuro da saúde.
Descubra as oportunidades e desafios que surgem com a aplicação da IA nesse contexto e participe do debate necessário para garantir que sua implementação seja feita de forma ética, responsável e inclusiva.
A percepção global em relação à inteligência artificial (IA) na governança passou por uma mudança significativa, conforme apontado por uma pesquisa recente publicada na revista AI & SOCIETY.
O discurso em torno da IA agora é mais positivo, com debates sobre como ela pode ser usada como uma ferramenta facilitadora de mudanças. No entanto, mesmo com essas mudanças positivas, ainda é necessário um debate mais aprofundado em relação à IA, principalmente quando se trata da prestação de cuidados de saúde.
O professor associado de relações internacionais, Michael Strange, destaca que houve uma mudança no modo como a IA é discutida atualmente. Vozes críticas estão sendo abafadas por vozes mais altas que exaltam a IA como uma ferramenta essencial e facilitadora.
Essa mudança ocorreu em grande parte devido à aceleração massiva da tecnologia intensiva em dados na área da saúde durante a pandemia. No entanto, Strange levanta a questão se a IA é apenas uma tecnologia ou se representa uma forma diferente de organizar a sociedade.
Um dos principais pontos destacados pelo professor é a mudança na percepção de quem deve fornecer as ferramentas e infraestrutura necessárias no setor da saúde.
Muitos assumem que o setor privado deve liderar nesse aspecto. No entanto, essa abordagem levanta questões relacionadas à responsabilidade e ao papel que o setor público pode desempenhar caso não tenha desenvolvido a tecnologia nem possua acesso aos dados necessários.
Strange argumenta que essa mudança na perspectiva da IA como uma tecnologia única e intrinsecamente benéfica para a saúde também levanta questionamentos em relação ao papel do Estado versus o mercado livre.
Ele enfatiza a importância de um debate aberto, transparente e responsável do ponto de vista democrático para discutir quem deve fornecer a IA e por que o Estado está se afastando desse papel.
Em suma, embora tenha havido uma mudança positiva na percepção global da IA na governança, é crucial promover mais debate sobre seu uso e impacto na área da saúde.
A pesquisa destaca a necessidade de uma conversa madura, transparente e democraticamente responsável para garantir o funcionamento adequado do sistema de saúde.
Além disso, é fundamental questionar se o mercado deve ser o provedor exclusivo da IA e por que o Estado está se afastando desse debate. A pesquisa ressalta a importância de preencher essa lacuna no debate, considerando as mudanças sísmicas que a IA pode trazer.