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Desaprendizado de máquina: A arma essencial contra os perigos da IA prejudicial

Desaprendizado de máquina: a arma essencial para mitigar os perigos da IA prejudicial. Saiba como essa técnica revolucionária pode garantir um futuro seguro e ético para a inteligência artificial.
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O desaprendizado de máquina é uma técnica revolucionária que tem ganhado cada vez mais destaque no campo da inteligência artificial (IA). Enquanto a IA avança rapidamente, é essencial considerar os perigos que podem surgir com o seu uso indiscriminado. A capacidade de ensinar uma máquina a esquecer é um desafio crucial a ser enfrentado, pois permite corrigir erros e evitar que a IA prejudicial se torne uma realidade.

Neste artigo, exploraremos o conceito de desaprendizado de máquina e como ele pode ser a arma essencial para mitigar os riscos associados à IA prejudicial.

No decorrer deste artigo, discutiremos o problema de ensinar a IA a esquecer e como isso se torna um desafio no retrabalho dos programas de IA. Compreenderemos a importância de corrigir erros e atualizar os modelos de IA para garantir sua eficácia e segurança contínuas.

Além disso, exploraremos o campo emergente de pesquisa do desaprendizado de máquina, que busca desenvolver técnicas e algoritmos capazes de permitir que as máquinas desaprendam informações indesejadas ou prejudiciais.

Se você está interessado em entender como a IA pode ser controlada e os perigos da IA prejudicial podem ser mitigados, este artigo é para você. Aprenda sobre o desaprendizado de máquina e descubra como essa técnica revolucionária pode ser a chave para garantir um futuro seguro e ético para a inteligência artificial.

Continue lendo para explorar os desafios e avanços nesse campo emocionante e descubra como podemos moldar o futuro da IA de forma responsável.

Com a cúpula de IA em pleno andamento, os pesquisadores estão explorando um problema muito real associado à tecnologia: ensinar a IA a esquecer. Embora a sociedade esteja encantada com as capacidades excepcionais da IA moderna, também há crescente preocupação com seus potenciais riscos.

Felizmente, um campo emergente de pesquisa está destacando uma arma importante em nosso arsenal para mitigar esses riscos – o “desaprendizado de máquina”.

Especificamente, cientistas estão buscando maneiras de fazer com que os modelos de IA conhecidos como redes neurais profundas (DNNs) esqueçam dados que representam um risco para a sociedade.

No entanto, há um desafio significativo no retrabalho dos programas de IA para que eles sejam capazes de “esquecer” dados indesejáveis. As DNNs modernas, incluindo aquelas baseadas em “Modelos de Linguagem Grandes”, exigem recursos massivos para serem treinadas e esse processo pode levar semanas ou até meses.

Além disso, o consumo energético durante o treinamento é extremamente alto, estimando-se que seja suficiente para alimentar milhares de residências por um ano.

Para resolver essas questões, surge o campo do desaprendizado de máquina. Essa área de pesquisa busca remover dados problemáticos das DNNs de maneira rápida, barata e usando menos recursos.

O objetivo é realizar esse processo sem comprometer a alta precisão dos modelos. Entre os líderes nessa pesquisa estão especialistas em Ciência da Computação da Universidade de Warwick, em colaboração com o Google DeepMind.

O professor Peter Triantafillou, do Departamento de Ciência da Computação da Universidade de Warwick, co-autor de uma publicação intitulada “Rumo ao Desaprendizado de Máquina Ilimitado”, explica que as DNNs são estruturas complexas, compostas por trilhões de parâmetros.

Essa complexidade é um dos pontos críticos, pois muitas vezes não se tem uma compreensão sólida de como e por que elas alcançam seus objetivos. E dado o tamanho e a complexidade dos conjuntos de dados nos quais são treinadas, as DNNs têm o potencial de serem prejudiciais para a sociedade.

Um aspecto preocupante é o fato das DNNs poderem ser treinadas com dados tendenciosos, propagando estereótipos negativos. Esses dados podem refletir preconceitos e suposições sociais defeituosas existentes.

Por exemplo, há estudos que mostram que modelos treinados podem apresentar viés racial ou de gênero. Além disso, os dados também podem conter “anotações errôneas”, como rotulagem incorreta de itens ou a inclusão de informações falsas em determinada imagem.

Outro aspecto importante é a violação da privacidade das pessoas pelos dados utilizados durante o treinamento das DNNs. Isso se torna um desafio para as megaempresas de tecnologia, especialmente em países onde legislações como o GDPR (Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados) estão em vigor e visam proteger o direito das pessoas de serem esquecidas.

Ou seja, qualquer indivíduo tem o direito de solicitar a exclusão de seus dados de qualquer conjunto de dados ou programa de IA.

Diante dessas preocupações, a pesquisa recente desenvolveu um algoritmo inovador de “desaprendizado de máquina”. Esse algoritmo permite que as DNNs esqueçam dados problemáticos sem comprometer o desempenho geral da IA.

A vantagem desse algoritmo é a sua capacidade de ser introduzido nas DNNs existentes sem a necessidade de treiná-las novamente do zero. Além disso, essa abordagem diferenciou as necessidades, requisitos e métricas de sucesso entre os três tipos diferentes de dados que precisam ser esquecidos:

viés, anotações errôneas e questões de privacidade.

O desaprendizado de máquina é um campo empolgante que oferece uma ferramenta valiosa para mitigar os riscos associados à IA. Ao desenvolver métodos eficientes para que as DNNs esqueçam dados problemáticos, estaremos mais próximos de garantir a utilização responsável e ética dessa tecnologia poderosa.

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