Wide.net.br IA e tecnologia

Participação humana: O segredo para a aceitação da IA e justiça, revela estudo

A participação humana: O segredo para a aceitação da IA e justiça revelado em estudo sobre serviços públicos.
Ouça o artigo:

A participação humana tem se mostrado um fator crucial para a aceitação da Inteligência Artificial (IA) em serviços públicos. De acordo com um estudo recente, a presença de interações humanas no uso da IA aumenta a confiança e a receptividade dos cidadãos em relação a essa tecnologia. A pesquisa revelou que a percepção de justiça e a aceitação da IA são influenciadas por fatores de nível do sistema, como a participação humana.

No contexto dos serviços públicos, a participação humana desempenha um papel fundamental na aceitação da IA. Os cidadãos valorizam a presença de interações humanas, pois isso lhes proporciona uma sensação de controle e segurança.

Além disso, a participação humana permite que as pessoas compreendam melhor o funcionamento da tecnologia e tenham a oportunidade de esclarecer dúvidas ou expressar suas preocupações.

No entanto, o estudo também revelou que, apesar da importância da participação humana, os cidadãos tendem a valorizar mais a precisão e o custo da tecnologia do que a presença de interações humanas.

Isso indica que, embora a participação humana seja um fator relevante, outros aspectos também influenciam a percepção de justiça e a aceitação da IA.

Diante desses resultados, é fundamental compreender a importância da participação humana na implementação da IA em serviços públicos e como isso pode afetar a percepção de justiça e a aceitação por parte dos cidadãos.

Neste artigo, exploraremos mais a fundo os resultados desse estudo e discutiremos as implicações para a adoção da IA em diferentes contextos. Continue a leitura para descobrir como a participação humana pode ser o segredo para a aceitação da IA e a busca por uma sociedade mais justa.

A inteligência artificial (IA) tem sido cada vez mais utilizada em serviços públicos, mas sua aceitação pelos cidadãos ainda é um desafio. No entanto, um novo estudo revela que aumentar a participação humana quando a IA é aplicada nos serviços públicos pode aumentar significativamente a aceitação dessa tecnologia.

Os pesquisadores descobriram que os cidadãos não estão apenas preocupados com a justiça da IA, mas também com possíveis viéses humanos. Eles tendem a ser favoráveis ao uso da IA em casos nos quais a discrição administrativa é percebida como muito grande.

Participação humana aumenta a aceitação da IA em serviços públicos

O estudo, realizado por pesquisadores da Birkbeck, University of London, e da University of Exeter, envolveu 2.143 pessoas no Reino Unido. Os participantes foram questionados se prefeririam mais ou menos IA nos sistemas de processamento de vistos de imigração e permissões de estacionamento.

Os resultados mostraram que uma maior participação humana tendia a aumentar a aceitação da IA pelos cidadãos. No entanto, quando uma discrição humana substancial foi introduzida em cenários de permissão de estacionamento, os entrevistados preferiram uma participação humana mais limitada.

Os pesquisadores descobriram que o conhecimento dos cidadãos sobre a IA não teve um impacto significativo em sua aceitação da tecnologia. Em vez disso, outros fatores foram considerados mais importantes pelos cidadãos.

A precisão e o custo da tecnologia foram aspectos que tiveram mais influência na aceitação da IA. Isso indica que os cidadãos valorizam mais a funcionalidade e eficiência da IA do que sua supervisão humana intensa.

Fatores de nível do sistema influenciam a percepção de justiça e aceitação da IA

Além disso, o estudo mostrou que alguns fatores de nível do sistema podem ter um impacto significativo na percepção de justiça e aceitação da IA pelos cidadãos.

Uma maior precisão do sistema, a presença de um sistema de apelação, mais transparência, redução de custos, não compartilhamento de dados com empresas privadas e ausência de envolvimento de empresas privadas foram fatores que aumentaram tanto a aceitação da IA quanto a percepção de justiça processual.

Os resultados sugerem que os cidadãos têm uma resistência básica ao acúmulo e compartilhamento de dados por parte das empresas, mas estão dispostos a abrir mão de uma supervisão humana intensa se isso significar o uso de uma tecnologia funcional e eficiente.

Isso indica que a participação humana é valorizada quando a discrição administrativa é percebida como muito grande, mas os cidadãos também reconhecem os benefícios da IA em termos de precisão e custo.

Os achados deste estudo são relevantes não apenas para o setor governamental, mas também para outros serviços digitais que utilizam IA. Os pesquisadores destacam que muitas interações rotineiras com o governo envolvem solicitações de permissão semelhantes às que foram examinadas neste estudo.

Portanto, os resultados têm implicações amplas para serviços governamentais que utilizam IA.

Em resumo, a participação humana desempenha um papel crucial na aceitação da IA pelos cidadãos em serviços públicos. Embora outros fatores, como precisão e custo da tecnologia, também influenciem a aceitação, os cidadãos tendem a valorizar a supervisão humana quando a discrição administrativa é percebida como alta.

Além disso, características específicas do sistema, como alta precisão, transparência e redução de custos, podem melhorar tanto a aceitação da IA quanto a percepção de justiça processual pelos cidadãos.

Essas descobertas são importantes para informar a implementação da IA em serviços públicos e compreender como garantir uma aceitação mais ampla da tecnologia pelos cidadãos.

A participação humana continua sendo um fator-chave para aumentar a confiança e a satisfação dos cidadãos em relação à IA no setor público.

Compartilhe:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Leia também...